Arte das mais nobres e espirituosas desprendidas do gênio humano é a poesia : o uso da linguagem com um fim estético, valendo de um trato especial com seletas palavras em versos à ideia concebida, valendo-se de recursos como ritmo , rima ( ou não ) , sensibilidade , estilo; dispondo a mensagem em especial efeito num apelo à sensibilidade , induzindo a um estado contemplativo da beleza pela emoção contida. Não obstante a vasta produção poética dos tantos poetas, alguns poemas ficam mais marcados na nossa memória, talvez por conter um viés mais coloquialmente expressiva , a falar mais consonante às consciências. Quem não tem na mente poemas que ficam a ressoar ; poemas conhecidos desde os livros didáticos dos tempos colegiais , de revistas ou de algum outro modo, e dos quais sempre lembramos ?São mais propriamente poemas assim , que realçados sobre imagens que são destacados aqui, se dando à relembrança ou ao conhecimento dos que aqui chegarem para a apreciação dos mesmos.Outrossim dos poetas aqui destacados também consta uma breve biografia e links para um conhecimento mais aprofundado dos mesmos. Conto com que apreciem de fato.

segunda-feira, 4 de março de 2013




Manuel Bandeira (1886-1968) foi poeta brasileiro. "Vou-me Embora pra Pasárgada" é um dos seus mais 
famosos poemas. Foi também professor de Literatura, crítico literário e crítico de arte. Inicialmente interessado em música e arquitetura, descobriu a poesia por acaso, na condição de doente, em repouso, para tratamento de uma tuberculose. Os temas mais comuns de sua obra, são entre outros, a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão, o cotidiano e a infância.
Nasceu na cidade do Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril de 1881. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza Bandeira e de Francelina Ribeiro, abastada família de proprietários rurais, advogados e políticos. Seu avô materno Antônio José da Costa Ribeiro, foi citado por Bandeira no poema "Evocação do Recife". A casa onde morava, localizada no centro do Recife é citada como "a casa do meu avô".         Manuel Bandeira viajou, junto com sua família, para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Pedro II. Em 1904 ingressou na faculdade de arquitetura, em São Paulo, mas abandonou o curso por ter contraído tuberculose. Voltou para o Rio de Janeiro onde tentou tratamento em estâncias climáticas em Teresópolis e Petrópolis.Em 1913 viajou para Suíça, em busca de cura, onde permaneceu mais de um ano no Sanatório de Chavadel, onde conheceu o jovem e mais tarde, famoso poeta francês Paul Éluard, internado na mesma clínica e que coloca Manuel Bandeira a par das inovações artísticas que vinham ocorrendo na Europa. Discutem sobre a possibilidade do verso livre na poesia. Esse aspecto técnico veio fazer parte da poesia de Bandeira, que foi considerado o mestre do verso livre no Brasil.
Ingressou na literatura, em 1917, com o livro "A Cinza Das Horas", de nítida influencia Parnasiana e Simbolista. Em 1919 publicou "Carnaval", que representou sua entrada no movimento modernista. Em 1922, Bandeira morava no Rio de Janeiro e estava distante do grupo paulista que centralizava os ataques à cultura oficial e propunha mudanças. Para a Semana de Arte Moderna enviou o poema "Os Sapos", que lido por Ronald de Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal.

Manuel Bandeira vai cada vez mais se engajando no ideário modernista, publica em 1924 "O Ritmo Dissoluto", e em 1930 publica "Libertinagem", obra de plena maturidade modernista. No poema "Evocação do Recife" que integra a obra Libertinagem, ao mesmo tempo que tematiza a infância, faz uma descrição da cidade do Recife, no fim do século XIX. Incorpora também vários temas ligados à cultura popular e ao folclore.


Sempre achando que morreria cedo, por causa da sua doença, assistiu entre 1916 a 1920 a morte de sua mãe, seu pai e sua irmã. Foi eleito para Academia Brasileira de Letras, em 1940, ocupando a cadeira de nº24.


Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, faleceu no dia 13 de outubro de 1968.


 http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira


http://www.e-biografias.net/manuel_bandeira/





                                 Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta e jornalista brasileiro. Escreveu a letra do hino à Bandeira brasileira. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética.


Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de janeiro, no dia 16 de dezembro. Era filho do cirurgião militar, Brás Martins dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula. Estudou Medicina e Direito, sem concluir nenhum dos cursos. Dedicou-se ao jornalismo e à poesia. Foi noivo de Amélia de Oliveira, irmã de seu amigo Alberto de Oliveira, que foi impedida de casar por outro irmão que não aceitava a vida de poeta boêmio que Bilac levava.


Colaborou em vários jornais e revistas como Gazeta de Notícias e Diário de Notícias. Exerceu o cargo de Secretário do Congresso Pan-Americano em Buenos Aires. Foi inspetor de instrução de escola pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Exerceu constante atividade nacionalista, realizando pregações cívicas em todo país sobre a obrigatoriedade do serviço militar.


Pertenceu à Escola Parnasiana Brasileira, sendo um dos seus principais poetas. Sua primeira obra foi "Poesias", publicada em 1888. Nela o poeta já estava identificado com as propostas do Parnasianismo. Sua poesia apresentava várias temáticas. Na linha tipicamente parnasiana, escreveu sobre temas greco-romanos. Fez várias descrições da natureza, indicando uma herança romântica.


Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, morreu no Rio de Janeiro,

no dia 28 de dezembro de 1918.

http://www.e-biografias.net/olavo_bilac/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac




                       Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz. Desde cedo, já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.

Em 1933, ano de sua formatura, publica "O Caminho Para a Distância". Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebe uma bolsa de estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939.


Várias experiência conjugais marcaram a vida de Vinicius. Casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Suas esposas foram, Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso.


Em 1943 é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Escreve o livro "Cinco Elegias". Serviu sucessivamente em Paris, em 1953, em Montevidéu, e novamente em Paris, em 1963. Volta para o Brasil em 1964. É aposentado compulsoriamente em 1968, pelo Ato Institucional Número Cinco.


De volta ao Brasil, dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hayme, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".


Compôs a trilha sonora do filme Orfeu Negro, que foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1961, compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, com a música "Arrastão".


A parceria com o músico Toquinho foi considerada a mais produtivas. Rendeu músicas importantes como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril", "Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra Três".


É preciso destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando músicas de cunho infantil. Esse Álbum originou um especial para a televisão.


A produção poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese". A segunda fase, vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".


Vinícius também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.


Marcus Vinícius de Mello Morais morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.


http://www.e-biografias.net/vinicius_de_moraes/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_de_Moraes






Já oportunamente citado.



Cecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina, de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estréia na literatura com o livro "Espectros". Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador e anti-modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência.

A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda amorosa e solidão. Uma das marcas do lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos. Alguns poemas como "Canteiros" e "Motivo" foram musicados pelo cantor Fagner. Em 1939 publicou "Viagem" livro que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras.


Cecília Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Órfã de pai e mãe, aos três anos de idade passa a ser criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Fez o curso primário na Escola Estácio de Sá, onde recebeu das mãos de Olavo Bilac a medalha do ouro por ter feito o curso com louvor e distinção. Formou-se professora pelo Instituto de Educação em 1917. Passa a exercer o magistério em escolas oficiais do Rio de Janeiro. Estréia na Literatura com o livro "Espectros" em 1919, com 17 sonetos de temas históricos.


Em 1922 casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Viúva, casa-se pela segunda vez com o engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo, falecido em 1972. Estudou literatura, música, folclore e teoria educacional. Colaborou na imprensa carioca escrevendo sobre folclore. Atuou como jornalista em 1930 e 1931, publicou vários artigos sobre os problemas na educação. Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro.


Cecília Meireles lecionou Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas, em 1940. Profere em Lisboa e Coimbra, conferência sobre Literatura Brasileira. Publica em Lisboa o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria. Em 1942 torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Realiza várias viagens aos Estados Unidos, Europa, Ásia e Africa, fazendo conferências sobre Literatura Educação e Folclore.


Cecília Benevides de Carvalho Meireles morre no Rio de Janeiro no dia 9 de novembro de 1964. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Cecília Meireles é homenageada pelo Banco Central, em 1989, com sua esfinge na cédula de cem cruzados novos.


 http://www.e-biografias.net/cecilia_meireles/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles





Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) foi um poeta brasileiro. Um dos principais representantes do Movimento Simbolista no Brasil. Sua poesia é quase toda caracterizada pelo tema da morte da mulher amada, a morte de sua noiva aos dezessete anos. Todos os outro temas que explorou, como religião, natureza e arte, estão sempre relacionados com a morte.
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 24 de julho de 1870. Filho do comerciante português Albino da Costa Guimarães e de Francisca de Paula Guimarães Alvim. Fez os cursos básicos em Minas Gerais e aos 17 anos se apaixona pela prima Constança, filha do escritor Bernardo Guimarães seu tio-avô. Com a morte prematura da prima, em 1888, o poeta se entrega a vida boêmia.
Essa época já colaborava no Almanaque Administrativo, Mercantil, Industrial, Científico e Literário do município de Ouro Preto. Viaja para São Paulo com o amigo José Severino de Resende. Inicia o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1891. Volta para Ouro Preto, em 1893, onde termina o curo de Direito na recém criada Academia Livre de Direito de Minas Gereis.
Volta para São Paulo onde estuda Ciências Sociais, terminando o curso em 1895. Vai ao Rio de Janeiro, onde conhece Cruz e Souza, poeta que já admirava e de quem tornou-se amigo. Volta para Minas e é nomeado promotor de Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, ocupando em seguida o cargo de juiz substituto. Em 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira, com quem teve 14 filhos.
Sua poesia expressa uma atitude melancólica sobre o tema morte. O sentimento resignado, o sofrimento e a desesperança estão presentes em seus versos. O seu espiritualismo é voltado para a religiosidade e o misticismo.
Seus três primeiros livros foram publicados no Rio de Janeiro, em 1899, são: Dona Mística, Câmara Ardente e o Setenário das Dores de Nossa Senhora. Kiriali que foi escrito antes, só foi publicado em 1902, na cidade do Porto, em Portugal. Em 1905 é nomeado juiz municipal da cidade de Mariana.
Afonso Henrique da Costa Guimarães (seu nome civil) morreu na cidade de Mariana, Minas Gerais, no dia 15 de julho de 1921.

 http://www.e-biografias.net/alphonsus_guimaraens/


 http://pt.wikipedia.org/wiki/Alphonsus_de_Guimaraens



:
































Jorge de Lima (1895-1953) foi poeta brasileiro. Fez parte do Segundo Tempo Modernista. É autor de vasta obra poética, que oscila entre o formalismo, o misticismo e as recordações da infância e a figura do negro.


Jorge de Lima (1895-1953) nasceu em União dos Palmares, Alagoas, no dia 23 de abril de 1893. Filho de senhor de engenho, mudou-se para Maceió, em 1902. Estudou no Colégio Diocesano de Alagoas. Com apenas 17 anos, escreveu o poema "Acendedor de Lampiões". Estuda Medicina no Rio de Janeiro. Em 1914 publica "XIV Versos Alexandrinos", que foi sua estréia no mundo literário. Em 1919, retorna a Maceió, onde exerce a profissão e dedica-se à política.


A carreira poética de Jorge de Lima foi múltipla, iniciou-se no Movimento Parnasiano, e no final da década de 20 acercou-se de técnicas do Modernismo, em especial do verso livre. Reuniu as várias fases em seu poema, a epopeia barroco-surrealista "Invenção de Orfeu".


Jorge de Lima sintonizava-se com as proposições "regionalistas" de alguns intelectuais nordestinos, chefiados por Gilberto Freyre, daí a fase nordestina do poeta, caracterizada por uma produção literária focada na realidade existencial, cultural e histórica do povo do Nordeste. A valorização do misticismo nordestino o aproximou do catolicismo. Publica a biografia "Anchieta" e "O Anjo" e "Tempos de Eternidade". O autor explora também a cultura negra, em seus ritmos e costumes.


Jorge Matheos de Lima morre no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1953.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_de_Lima


http://www.e-biografias.net/jorge_de_lima/





Já oportunamente citada.




Cruz e Sousa (1861-1898) foi poeta brasileiro. Fez parte do Simbolismo, Movimento Literário que teve sua origem na França em 1870. A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia ocidental.
Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados, nasceu livre. Foi criado como filho adotivo do Marechal-de-Campo Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa, de quem herdou o sobrenome. Aos sete anos fez seus primeiros versos. Aos oito anos declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez anos, matriculou-se no colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou durante 5 anos.
Em 1877, Cruz e Sousa dá aulas particulares e começa a publicar seus versos em jornais da província. Em 1881, funda junto com Virgílio Várzea e Santos Lostada, o jornal literário "Colombo". Durante dois anos percorreu várias cidades brasileiras, junto com a Companhia Dramática Julieta dos Santos. Lê pela primeira vez Baulelaire, Leconte de Lisle, Leopardi, Guerra Junqueiro e Antero de Quental.
Em 1883, aproxima-se do então presidente de Santa Catarina, Gama Rosa. Em 1884 é nomeado promotor de Laguna, mas foi recusado pelos políticos e não toma posse. Nessa época Cruz e Sousa já se destacava como fervoroso conferencista pró abolição.
Cruz e Sousa estréia, em 1885, em parceria com Virgílio Várzea, o livro "Tropos e Fantasias". Nesse mesmo ano assume a direção do jornal "O Moleque". No ano da abolição, 1888, o poeta vai para o Rio de Janeiro, onde em 1890 fixa residência definitivamente, trabalhando como arquivista na Central do Brasil.
Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves. Em fevereiro desse mesmo ano, publica "Missal", poemas em prosa, e em agosto publica "Broquéis", versos. Com eles Cruz e Sousa rompia com o Parnasianismo e introduzia o Simbolismo, em que a poesia aparece repleta de musicalidade, fazendo surgir um movimento de revitalização da vida espiritual do ser humano.
Em 1905, seu grande amigo e admirador, Nestor Vítor, publicou, a obra maior do poeta, "Últimos Sonetos", em Paris. A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia ocidental. Sua obra completa, "Cruz e Souza, Obra Completa" foi publicada num volume de mais de oitocentas páginas, em comemorações do centenário de seu nascimento.
João da Cruz e Sousa morreu de tuberculose, em Estação do Sítio, Minas Gerais, no dia 14 de março de 1898.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_e_Sousa


 http://www.e-biografias.net/cruz_e_sousa/





Fernando Pessoa (1888-1935) foi poeta português. Um dos mais importantes poetas da língua portuguesa. "Mensagem" foi um dos poucos livros de poesias publicado em vida. Fernando Pessoa ocupou diversas profissões, foi editor, astrólogo, publicitário, jornalista, empresário, crítico literário e crítico político.


Fernando Pessoa (1888-1935) nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 13 de junho de 1888. Ficou órfão de pai aos 5 anos de idade. Seu padastro era o comandante João Miguel Rosa. Foi nomeado cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul. Acompanhou a família para a África e lá recebeu educação inglesa. Estudou em colégio de freiras e na Durban High School.


Em 1901 escreveu seus primeiros poemas em inglês. Em 1902 a família volta para Lisboa. Em 1903 Fernando volta sozinho para a África do Sul, onde submete-se a uma seleção para a Universidade do Cabo da Boa Esperança. Em 1905 de volta à Lisboa, matricula-se na Faculdade de Letras, onde cursou Filosofia. Em 1907 abandona o curso. Em 1912 estreou como crítico literário.


Fernando Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo. Tendo sido "plural" como se definiu, criou vários poetas, que conviviam nele. Cada um tem sua biografia e traços diferentes de personalidade. Os poetas não são pseudônimos e sim heterônimos, isto é indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo próprio, representando o que angustiava ou encantava seu autor.


Criou entre outros heterônimos, Alberto Caeiro da Silva, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Caeiro é considerado naturalista e cético; Reis é um classicista, enquanto Campos tem um estilo associado ao do poeta norte-americano Walt Whitman.


Em 1915, liderou um grupo de intelectuais, entre eles Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros. Fundou a revista Orfeu, onde publicou poemas que escandalizaram a sociedade conservadora da época. Os poemas "Ode Triunfal" e "Opiário", escritos por Álvaro de Campos, causaram reações violentas contra a revista. Fernando Pessoa foi chamado de louco.


Fernando Pessoa mostrou muito pouco de seu trabalho em vida. Em 1934 candidatou-se com a obra "Mensagem", um dos poucos livros publicados em vida, ao prêmio de poesia do Secretariado Nacional de Informações de Lisboa. Ficou em segundo lugar.


Fernando António Nogueira Pessoa morreu em Lisboa, no dia 30 de novembro de 1935.


http://www.e-biografias.net/fernando_pessoa/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa




Luís de Camões (1525-1580) foi poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior poeta do Classicismo português. Nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1525. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressa no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarca como soldado para a África, participa da guerra contra os Ceuta, no Marrocos, onde em combate perde o olho direito.

Em 1552, de volta à Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga feriu um funcionário real e foi preso. Embarca para a Índia em 1553, onde participa de várias expedições militares. Em 1556 vai para a China, também em várias expedições. Em 1570 volta para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.


O poema "Os Lusíadas", funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa a intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.


Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.


Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.


No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.


Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões".


Luís Vaz de Camões morre em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.


http://www.e-biografias.net/luis_camoes/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_de_Cam%C3%B5es



Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) foi poeta brasileiro. "No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho". Este é um trecho de uma das poesias de Drummond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira de Mato Dentro, interior de Minas Gerais. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, proprietários rurais decadentes. Estudou no colégio interno em Belo Horizonte, em 1916. Doente, regressa para Itabira, onde passa a ter aulas particulares. Em 1918, vai estudar em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, também no colégio interno.
Em 1921 começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922 ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto "Joaquim do Telhado". Em 1923 matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925 conclui o curso. Nesse mesmo ano casa-se com Dolores Dutra de Morais. Funda "A Revista", veículo do Modernismo Mineiro.
Drummond leciona português e Geografia em Itabira, mas a vida no interior não lhe agrada. Volta para Belo Horizonte, emprega-se como redator no Diário de Minas. Em 1928 publica "No Meio do Caminho", na Revista de Antropofagia de São Paulo, provocando um escândalo, com a crítica da imprensa. Diziam que aquilo não era poesia e sim uma provocação, pela repetição do poema. Como também pelo uso de "tinha uma pedra" em lugar de "havia uma pedra". Ainda nesse ano, ingressa no serviço público. Foi auxiliar de gabinete da Secretaria do Interior de Minas.
Em 1930 publica o volume "Alguma Poesia", abrindo o livro com o "Poema de Sete Faces", que se tornaria um dos seus poemas mais conhecidos: "Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução". Faz parte do livro também, o polêmico "No Meio do Caminho", "Cidadezinha Qualquer" e Quadrilha". Em 1934 muda-se para o Rio de Janeiro, vai trabalhar com o Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Em 1940 publica "Sentimento do Mundo" influenciado pela Segunda Guerra Mundial. Em 1942 publica seu primeiro livro de prosa, "Confissões de Minas". Entre os anos de 1945 e 1962, foi funcionário do Serviço Histórico e Artístico Nacional.
Em 1946, foi premiado pela Sociedade Felipe de Oliveira, pelo conjunto da obra. O modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida, e de humor. Drummond fazia verdadeiros "retratos existenciais", e os transformava em poemas com incrível maestria.
A poesia de Carlos Drummond de Andrade era facilmente entendida e captada pelo grande público, o que o tornou poeta popular, o que não quer dizer que seus poemas fossem superficiais. A Rosa do Povo é um poema muito conhecido e comentado. A rosa nesse poema funciona como metáfora do entendimento universal, dos valores da democracia e da liberdade, valores típicos da modernidade no século 20. Carlos Drummond de Andrade foi também tradutor de autores como Balzac, Federico Garcia Lorca e Molière.
Em 1950, viaja para a Argentina, para o nascimento de seu primeiro neto, filho de Julieta, sua única filha. Nesse mesmo ano estréia como ficcionista. Em 1962 se aposenta do serviço público mas sua produção poética não para. Os anos 60 e 70 são produtivos. Escreve também crônicas para jornais do Rio de Janeiro. Em 1967, para comemorar os 40 anos do poema "No Meio do Caminho" Drummond reuniu extenso material publicado sobre ele, no volume "Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema". Em 1987 escreve seu último poema "Elegia de Um Tucano Morto".
Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois do falecimento de sua filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.










Augusto dos Anjos (1884-1914) foi poeta brasileiro. Sua obra é extremamente original. É considerado um dos poetas mais críticos de sua época. Foi identificado como o mais importante poeta do pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas. Declarou-se "Cantor da poesia de tudo que é morto". O domínio técnico em sua poesia, comprovaria também a tradição parnasiana. Durante muito tempo foi ignorado pela crítica, que julgou seu vocabulário mórbido e vulgar. Sua obra poética, está resumida em um único livro "EU", publicado em 1912, e reeditado com o nome "Eu e Outros Poemas".

Augusto dos Anjos (1884-1914) nasceu no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos. Recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. No ano de 1900, ingressa no Liceu Paraibano e compõe nessa época, seu primeiro soneto, "Saudade".


Augusto dos Anjos, ingressa na Faculdade de Direito do Recife em 1903 e em 1907, formado em Direito, retorna a João Pessoa, capital da Paraíba, onde passa a lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares.


Augusto dos Anjos é nomeado, em 1908, para o cargo de professor do Liceu Paraibano mas, em 1910, é afastado do cargo. Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e muda-se para o Rio de Janeiro, depois que sua família vendeu o engenho Pau d'Arco. Em 1911 é nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II.


Durante sua vida, publica vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publica seu único livro "EU", que causou espanto, nos críticos da época, diante de um vocabulário grotesco, na sua obsessão pela morte: podridão da carne, cadáveres fétidos e vermes famintos. Como também por sua retórica delirante, por vezes criativa, por vezes absurda, como neste trecho do poema "Psicologia de um vencido": "Eu, filho do carbono e do amoníaco,/ Monstro da escuridão e rutilância,/ Sofro, desde a epigênese da infância,/ A influência má dos signos do zodíaco".


Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas Gerais, para onde se muda. Nesse mesmo ano, depois de uma longa gripe, é acometido de uma pneumonia.


Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1914.


http://www.e-biografias.net/augusto_anjos/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos






Gregório de Matos (1636-1696) foi poeta brasileiro. A figura mais importante da época colonial. O maior poeta do barroco brasileiro. Por suas críticas à sociedade baiana, recebeu o apelido de "Boca do Inferno".
Gregório de Matos (1636-1696) nasceu em Salvador, Bahia, no dia 23 de dezembro de 1636. Filho de pai português e mãe baiana, frequentou o Colégio da Companhia de Jesus. Foi estudar na Universidade de Coimbra. Em 1661 já está casado e formado em Direito. Neste mesmo ano, é nomeado juiz em Alcácer do Sal, no Alentejo. Volta à Salvador, nomeado procurador da cidade, junto a corte portuguesa. Fica viúvo e casa-se novamente.
Além de grande poeta, fez também um trágico retrato da vida e da cultura baiana do século XVII. Como não havia imprensa no Brasil Colônia, seus poemas tiveram circulação escrita e oral. Sua produção poética pode ser dividida em três linhas: satírica, lírica e religiosa. Seus poemas líricos e religiosos revelam influência do barroco espanhol. Sua poesia satírica é do tipo que ataca sem compostura, toda a sociedade baiana, da qual ele se sentia um censor e uma vítima. Por suas críticas ferinas, recebeu o apelido de "Boca do Inferno".
Em 1694, por suas críticas violentas e debochadas às autoridades da Bahia, é degredado para Angola. Em 1695 recebe permissão para voltar ao Brasil, mas não para a Bahia. Vai viver na cidade do Recife.
Gregório de Matos Guerra morreu no Recife, no dia 26 de novembro de 1696.
Gregório de Matos não publicou nada em vida. A totalidade de sua obra se manteve inédita, até quando Afrânio Peixoto a reuniu em 6 volumes, publicados no Rio de Janeiro, pela Academia Brasileira de Letras, entre 1923 e 1933, sob o título de "Obras de Gregório de Matos".






Já oportunamente citado.



































Já oportunamente citado.



Mário Quintana foi um poeta e tradutor gaúcho, autor de poemas e frases consideradas brilhantes. Seu livro de poemas “Antologia Poética” e o poema “Borboletas” são cada vez mais lidos e comentados.
Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Foi matriculado na escola militar na adolescência no ano de 1919 e lá, começou a trabalhar na revista Hyloea. Em 1924, entrou na editora da livraria O Globo. Em 1929, ingressou na redação do diário “O Estado do Rio Grande”.
Em 1929, começou a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande.Em 1934, foi publicado o livro “Palavras e Sangue”, cuja obra originalmente escrita por Giovanni Papini, foi traduzida por Quintana.O poeta também traduziu autores como Voltaire, Virginia Woolf e Maupassant. traduziu também “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust, considerada muito densa.
Em 1940, lançou o livro de poemas “A Rua dos Cataventos”, obtendo sucesso. Em 1966, foi lançado o livro “Antologia Poética”, organizado pelos escritores Paulo Mendes Campos e Rubem Braga. Foi saudado pela Academia Brasileira e Letras pelo Poeta Manuel Bandeira. Em 1980, recebeu o prêmio Machado de Assis da ABL pela obra total e em 1981, foi agraciado com o prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano.
O poeta Mário Quintana tem outros trabalhos interessantes: "Quintanares" (1976) e "Esconderijos do Tempo" (1980) são alguns exemplos no segmento da poesia. Na literatura infantil, destacam-se "Lili inventa o Mundo" (1983) e "Nariz de Vidro" (1984).
O poeta não se casou e faleceu em 1994, em Porto Alegre, lugar onde viveu a maior parte de sua vida.




































Já oportunamente citado.







































Já oportunamente citado.





Já oportunamente citado



































Cassiano Ricardo  26/07/1895, São José dos Campos (SP) 14/01/1974, Rio de Janeiro (RJ)

Cassiano Ricardo Leite era filho de Francisco Leite Machado e Minervina Ricardo Leite. Fez os primeiros estudos na cidade natal. Iniciou o curso de Direito em São Paulo, concluindo-o no Rio, em 1917.

De volta a São Paulo, participou do movimento de reforma literária iniciada na Semana de Arte Moderna (1922). Também fez parte dos grupos nacionalistas "Verde Amarelo" e "Anta", ao lado de Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Cândido Mota Filho e outros.


No jornalismo, Cassiano Ricardo trabalhou como redator no "Correio Paulistano", e dirigiu "A Manhã", do Rio de Janeiro. Em 1924, fundou a "Novíssima", revista literária dedicada à causa dos modernistas e ao intercâmbio cultural pan-americano. Também foi o criador das revistas "Planalto" (1930) e "Invenção" (1962).


Em 1937 fundou, com Menotti del Picchia e Mota Filho, a "Bandeira", movimento político que se contrapunha ao Integralismo. Dirigiu, na mesma época, o jornal "O Anhangüera", que defendia a ideologia da Bandeira, condensada na fórmula: "Por uma democracia social brasileira, contra as ideologias dissolventes e exóticas." Também pertenceu ao Conselho Federal de Cultura, à Academia Paulista de Letras e à Academia Brasileira de Letras.


Poeta de caráter lírico-sentimental, em seus primeiros livros, "Dentro da Noite" (1911) e "A Flauta de Pã" (1917), ainda está preso ao Parnasianismo. A partir de "Vamos Caçar Papagaios" (1926) adere ao movimento de 1922, embora ainda não tenha superado a sensibilidade parnasiana.


Sua linguagem incorpora os valores da prosa, com definições e explicações freqüentes, mas sem prejuízo da linguagem poética. Obras mais expressivas: "Borrões de Verde e Amarelo" (1927), "Martim Cererê" (1928) e "Marcha para Oeste" (1940).


Acompanhou de perto as experiências do Concretismo e do Praxismo, movimentos da poesia de vanguarda nas décadas de 50 e 60.



http://pt.shvoong.com/books/biography/1659719-cassiano-ricardo-vida-obra/


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cassiano_Ricardo






































Já oportunamente citado.






































Raimundo da Mota Azevedo Correia nasceu no litoral do Maranhão, a bordo de um navio, em 1850. Graduou-se em Direito em São Paulo, no ano de 1882. Exerceu o cargo de Juiz durante muito tempo na província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e na capital. Foi secretario das Finanças de Minas Gerais em 1892 e professor de Direito em Ouro Preto, no mesmo ano. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e nomeado Segundo Secretário da Legação do Brasil em Lisboa, em 1897. Regressou à pátria, exerceu novamente a magistratura e o magistério. De saúde frágil, realiza um tratamento de neurastenia na França, quando morre em 1911.

Demonstrava busca angustiada pela transcendência e espírito românticos. Apesar disso, é classificado como parnasiano, por causa do apuro formal.
Sua poesia é repleta de sugestões vagas e imprecisas e de musicalidade, assemelhando-se a poesia simbolista. Escreveu poemas com temas moralizantes e tom pessimista. Costumava utilizar como cenário a natureza e os ambientes noturnos, criando uma atmosfera de magia e mistério.
Raimundo correia mostrou seu pendor parnasiano com a publicação de Sinfonias. Escreveu poemas de estilo sóbrio, execução apurada, recoberta de objetividade, distante da pomposidade vocabular. Sua poesia está cheia de sombras e luares, revelando dor e amargura. Segundo Manuel Bandeira, Raimundo correia é autor de “alguns dos versos mais misteriosamente belos da língua portuguesa”.


Já oportunamente citado.







Roseana Murray nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Graduou-se em Literatura e Lingua Francesa em 1973 (Universidade de Nancy/ Aliança Francesa).


Publicou seu primeiro livro infantil em 1980 (Fardo de Carinho, ed. Murinho, R.J). Em 2011 tem mais de 60 livros publicados. Tem dois livros traduzidos no México (Casas, ed. Formato e Três Velhinhas tão velhinhas, ed. Miguilim/ Ibeppe) . Seus poemas estão em antologias na Espanha. Tem poemas traduzidos em seis linguas ( in Um Deus para 2000, Juan Arias, ed. Desclée e Maria, esta grande desconhecida, Juan Arias, ed. Maeva.).


Recebeu o Prêmio O Melhor de Poesia da FNLIJ nos anos 1986 (Fruta no Ponto, ed. FTD), 1994 (Tantos Medos e Outras Coragens, ed. FTD) e 1997 (Receitas de Olhar, ed. FTD).


Recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte em 1990 para o livro Artes e Ofícios, ed. FTD, S.P.

Entrou para a Lista de Honra do I.B.B.Y em 1994 com o livro Tantos Medos e Outras Coragens tendo recebido seu diploma em Sevilha, Espanha.

Recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras em 2002 para o livro Jardins ed. Manati, R.J como o melhor livro infantil do ano.


Participou ao longo destes anos de vários projetos de leitura. Implantou em Saquarema, em 2003, junto com a Secretaria Municipal de Educação, o Projeto Saquarema, Uma Onda de Leitura.


 http://www.roseanamurray.com/biografia.asp


http://pt.wikipedia.org/wiki/Roseana_Murray


















Já oportunamente citado.